Caminhando com o TOC

Protocolo       Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v29s2/art5

Família A acomodação familiar é algo muito preocupante que acontece com os familiares de quem tem o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Normalmente a rotina da família muda e os familiares acabam aceitando as alterações cotidianas por causa das ações do paciente. É normal a família reforçar as falas repetidas sobre o mesmo assunto, validar dúvidas, dar um ambiente propício às manias.    A família também necessita de um acompanhamento terapêutico e até medicamentoso para suportar todas essas mudanças. Os familiares devem sempre evitar a participação ou a facilitação nas compulsões do paciente, devem também evitar fazer tarefas simples dos pacientes e não assumir responsabilidades que são deles. Tudo isso é muito difícil, pois é praticamente impossível que não haja mudanças na rotina familiar devido ao TOC. Mas é essencial um acompanhamento à família como um todo.

Raiva Esses pensamentos denigrem os pacientes, são desumanos, reforçam características ruins dos pacientes, trazem episódios de sofrimento, sugerem que o paciente vá morrer ou ficar doente. Todos esses pensamentos acabam deixando o paciente bem ansioso e até mesmo com raiva. Nesse momento o paciente deve ter um autocontrole para não ter ações desesperadas e que causem maior sofrimento. Há pacientes que nesse momento chutam coisas, gritam, choram, se agridem, agridem as pessoas, enfim, se desesperam e perdem a razão. Por isso são muito necessárias as terapias além dos remédios, já que elas tentarão fazer com que o paciente adquira esse autocontrole para evitar esse desespero.   O paciente tem que ter em mente que esses pensamentos são involuntários e não são deles. Deve praticar a experiência de pegar esses pensamentos e jogar na lixeira, pois não são seus e só trazem angústia e sofrimento.

Cotidiano Acredito que o maior problema do TOC seja a enxurrada de pensamentos ruins que surgem involuntariamente criticando o paciente e até mesmo pedindo para que eles tenham ações indesejadas. O paciente do TOC chega a decidir o que fazer através desses pensamentos e isso é muito ruim, já que ele fica a deriva por causa desses pensamentos. Acaba decidindo ações em sua vida a partir do pressuposto que o pensamento sinalizou que aquilo seria bom ou ruim. Não há uma crítica individual do paciente sobre sua ação, apenas segue o que o pensamento sugere. As suas ações deveriam seguir seu desejo e gosto. Mas infelizmente alguns ficam escravos desses pensamentos e acabam tendo ações indevidas.

Vídeos e livros sobre TOC Palestra sobre TOC https://www.youtube.com/watch?v=Ar4BFRW3CYw https://www.youtube.com/watch?v=jbYs40cskr4 Livros

Ciclo do TOC O paciente com TOC repete esse ciclo constantemente pois acredita que ao fazer as compulsões as obsessões terminarão, mas isso não ocorre. Esse alívio é passageiro porque após um tempo não determinado voltam obsessões e ele volta a executar o ciclo indefinidamente. Fica escravo desse ciclo e tem perdas grandes na sua vida cotidiana deixando de executar outras tarefas importantes.

Compulsões Compulsões ou rituais compulsivos ou simplesmente rituais são comportamentos repetitivos ou atos mentais que a pessoa se sente compelida a executar para diminuir ou eliminar a ansiedade ou o desconforto associado às obsessões ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente (DSM V). São atos voluntários realizados em resposta às obsessões, com a intenção de afastar ameaças (contaminação, a casa incendiar), prevenir possíveis falhas ou simplesmente aliviar um desconforto físico. São comportamentos claramente excessivos aos quais o indivíduo não consegue na maioria das vezes resistir. Exemplos de compulsões: lavar as mãos repetidas vezes para proteger-se de germes ou contaminação; verificar repetidamente a porta, as janelas, gás, fogão para eliminar dúvidas e ter certeza; alinhar os objetos para que fiquem simétricos ou na posição exata; acumular ou armazenar objetos sem utilidade e não conseguir descarta-los; repetições diversas: tocar, olha...